quarta-feira, 9 de abril de 2014

Mal-estar entre política e saúde pública


Há alguns anos, não muito distantes, os planos de saúde realizavam um bom atendimento. Com acesso restrito, somente as pessoas que poderiam pagar pelo serviço é que poderiam desfrutar dos benefícios de um atendimento ágil e com mais profissionais disponíveis para atendimentos na área da saúde. Com essa ampliação dos planos de saúde, mais pessoas passaram a ser beneficiadas. A demanda aumentou, mas os planos não acompanharam de modo proporcional, gerando assim um desequilíbrio entre os envolvidos, fazendo com que alguma parte seja prejudicada em alguns momentos, e normalmente é o usuário, perdendo mais tempo para ser atendido e na demora em marcar consultas... Será que o serviço dos planos de saúde estão se igualdando ao do Sistema Único de Saúde (SUS).
Dentre outras, a saúde é de responsabilidade do Estado prover a sua população e como o estado é representado por políticos que foram eleitos pela população, divergem em suas ideologias partidárias e não defendem os desejos dos eleitores, que na maioria das vezes é simples, nada muito complexo... Ter uma vida digna, onde todos se respeitem e tenham seus direitos constitucionais também respeitados. O jogo politico atrapalha a população, porque é a defesa individualista de uma enorme minoria populacional, mas como estão sentados em uma cadeira luxuosa que lhes dá um pouco de poder acham que podem fazer o que querem durante oito ou quatro anos...
Neste ultimo biênio, nós brasileiros, estamos passando por grandes eventos esportivos como a Copa das Confederações e a Copa do Mundo, posteriormente haverá as Olimpíadas. Uma sociedade organizada, conhecida como FIFA, faz suas exigências para que os eventos sejam realizados em um “padrão FIFA” ou o pais poderá sofrer repreensões ou até sansões, e para se evitar isso, muitos recursos são deslocados de outras áreas para a área esportiva, realizando investimentos espalhafatosos e desnecessários, principalmente em um pais emergente que necessita de apoio para continuar se desenvolvendo para entrar em um mercado interno e externo competitivo, para não ser massacrado pelas grandes potências. Assim, qual reivindicação que temos que fazer e cobrar... Investimentos na saúde conforme se dá o “padrão FIFA”.
Esta escrito na Constituição da Republica Federativa do Brasil de 1988 que a saúde é de acesso universal e gratuito a brasileiros e estrangeiros que estiverem e residirem neste pais, mas só se for de acesso aos prédios, por que aos profissionais e especialistas, na maioria das vezes estão em falta nas unidades de saúde... Além do mais, ninguém vai a uma unidade de saúde para passear, vai à busca de socorro para resolver algo no qual ele não consegue e necessita de outro profissional para ajuda-lo. Será que é descaso dos profissionais, dos políticos, falta de competência ou falta de vergonha na cara...
Por fim, volto a falar da politica – a falta de investimentos na saúde publica – o governo deixa de investir na saúde, raciona os recursos, no modo preventivo para gastar três vezes mais depois com tratamentos que poderiam ser evitados. Pelo jeito não sabem o que é saúde profilática... Isso é falta de planejamento, gerenciamento, que é barrado pela burocracia do sistema e da máquina publica, mas ai, realizar tratamentos posteriores, quem sabe da uma margem maior para a corrupção... Mas isso já é outro assunto...