quarta-feira, 20 de julho de 2011

Estresse nosso de cada dia.

         
           Em nossa sociedade moderna ocorrem alterações que ficam marcadas. São alterações excitantes, agitadas e na maioria das vezes ocorrem muito depressa e não permitem que as pessoas interiorizem este ritmo, juntamente com o seu significado. Ao mesmo tempo confundem e provocam reações. Constantemente devemos estar abertos, especialmente para algumas áreas profissionais, pois o esperto de hoje pode ficar atrasado em questão de alguns dias. 
            As pessoas hoje em dia buscam ligar a qualidade de vida com as situações diárias frenéticas e muitas vezes não conseguem, podendo ocorrer também prejuízos, pois muitas vezes para que isto ocorra, as pessoas alteram seus hábitos de vida, seja no grupo familiar ou no contexto profissional. Com a evolução do homem tudo isto se tornou muito diferente e estes novos hábitos de vida simbolizam evoluções na questão da qualidade de vida. Muitas vezes as pessoas confundem qualidade com quantidade e fatores importantes na vida são caracterizados como de pouca prioridade, como por exemplo, os relacionamentos interpessoais, a afetividade e a saúde. Considero a qualidade de vida como sendo boa se estiver presente, dentro de alguns quadrantes, que são o social, afetivo, profissional
e a saúde. Portanto, caso ela esteja bem em um destes quadrantes, e mal em outro, não podemos afirmar que é uma qualidade de vida aceitável. 
Os fatores estressores se misturam em meio às atividades da nossa vida moderna. As pessoas, mesmo possuindo responsabilidades em seu trabalho devem lidar com a competitividade existente na empresa onde trabalham, buscar novos aprendizados para o aperfeiçoamento próprio, além de ter que lidar com os estressores normais da vida como a questão da segurança, sustentabilidade da família e algumas exigências culturais. É provável que estas situações exijam das pessoas o máximo, alcançando os seus limites, ocasionando assim o estresse. 
No instante em que o profissional oferta tudo de si em uma determinada situação com o objetivo de atender as inúmeras e variadas exigências do seu trabalho de forma responsável, que muitas vezes se põem em risco, poderá se deparar e sofrer com um desequilíbrio biológico, podendo afetar também o ambiente onde vive. Este desequilíbrio biológico pode carregar consigo fatores físicos e psicológicos, que conhecemos como estresse, podendo vir a se manifestar de variadas formas
como o absenteísmo, alcoolismo, problemas emocionais, mudanças inexplicáveis em sua eficiência, alterações em seu desempenho, impaciência com as pessoas e outros problemas mais graves. 
A pessoa que possui um alto grau de estresse pode sofrer também com alterações estomacais e
dermatológicos ou cardíacos, palpitações, ansiedades, depressão, angústia, hostilidade entre outros. No entanto, o estresse também pode ser positivo para a pessoa. Essa energia que é gerada por ele pode ser utilizada a favor do ambiente. Mas para que isto aconteça é de extrema importância que os profissionais saibam identificar e manusear os efeitos do estresse a favor de seu trabalho. 
Com os desgastes que os profissionais sofrem em seus ambientes de trabalho estão mais suscetíveis a sofrerem de doenças, pois os elementos psicossociais são tão potentes como os outros agentes desencadeantes de doenças. Nos relacionamentos profissionais também podem sofrer desgaste emocional. É um fator considerável para desencadear transtornos, depressões, fobias, doenças psicossomáticas, entre outras. Desta forma, a pessoa passa a não corresponder as exigências impostas. 
A falta de estímulos pode desencadear estresse, que pode se transformar em doença. Com esta falta muitos fatores como o tédio, a solidão e a sensação de nulidade estão presentes na vida da pessoa, podendo também ser consideradas fatores estressores. De um modo geral as atividades que possuem significados, são vistos como gratificantes, pois despertam a interesse, já por outro lado, as atividades sem significado, repetitivas ou desinteressantes acabam se tornando estressantes não só para profissionais ativos, mas chegam a afetar também crianças e idosos. 
            Boa parte do tempo em que estamos produzindo, estamos em nosso trabalho, isto faz com que ocorra um pensamento de que estamos perdendo tempo no trabalho ao invés de ficarmos com nossa família e amigos. Mas isto é uma necessidade, principalmente quando se é adulto. E como lidar com estas necessidades? Desta forma, questionamos até que ponto o trabalho deve ser importante para não prejudicar o relacionamento familiar. 
            Nosso trabalho faz parte de uma rede social. Assim, vendemos nossa força de trabalho para sustentar nossas necessidades afetivas e materiais, portanto, a relação entre trabalho x família, possui um efeito bumerangue, aonde os resultados vêm e vão. 
Para que possa ser desenvolvido um programa com o intuito de controlar o estresse é de extrema importância identificar os fatores estressores, realizar uma avaliação da dimensão do estresse que esta conectado com outras fontes e também deve ser determinado com que frequencia cada estressor é encontrado para poder estar delimitando meios de intervenção.

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