quinta-feira, 28 de julho de 2011

Talvez não haja nenhum outro assunto que cause mais náuseas nas pessoas do que a discussão política. Porém, nenhuma outra ciência que se encarregue das relações do estado com o cidadão adentra tão profundamente a vida do indivíduo. De uma hora para outra, podemos ser ceifados de nosso trabalho ou moradia seja por um decreto ou ainda algum desastre na conjuntura política e econômica. Embora muito se tenha falado no papel social do psicólogo, o tão famoso “agente de mudança”, a verdade é que a psicologia sempre se omitiu de uma visão crítica da política. Como as relações individuais são um micro desta última, logo concluímos a grande lacuna que a psicologia desenhou em sua história. Os primeiros regimes socialistas após a revolução de 1917  na RÚSSIA, viam com aversão a psicologia, classificando-a de pequeno-burguesa do ponto de vista do materialismo histórico e científico. O fato que jamais foi levantado, é que ambas as instâncias perderam pelo não entrosamento; a psicologia perdeu a oportunidade de uma visão dialética e politizada do ser humano, e a era revolucionária perdeu a oportunidade de tratar o ódio após a conquista do poder, que resultou na transformação do sonho de igualdade em regimes repressores e totalitários.

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